(Imagem da Internet)
Hoje deixo aqui o testemunho de mais um caso real sobre
impostos, taxas e taxinhas.
Situações como esta, na maior parte dos casos, passam-nos despercebidas, embora não devessem.
Por razões de economia, tenho os seguros da minha casa separados.
Tenho um para o conteúdo (vulgo recheio) e outro para a propriedade (vulgo paredes).
Ao fazer hoje o pagamento do seguro anual da propriedade (só
paredes) reparei no seguinte detalhe da composição do valor que a Seguradora me
cobrou:
- Prémio do Seguro 341,30€
- Imposto do Selo 30,73€
- INEM + Fundo de Acidentes de Trabalho 13,33€
- TOTAL 385,36€
Já o facto de ter de pagar, para o Estado, quase 10% do
prémio, num imposto obsoleto anacrónico e sem sentido (o do Selo) já é escandaloso.
Mas pagar uma taxa, da qual parte
vai para o INEM e parte para o Fundo de Acidentes de Trabalho (nem sei o que
isto é), num seguro de paredes de alvenaria, além de roubo, é uma ofensa à
inteligência dos segurados.
Num seguro de acidentes esta cobrança ainda poderá fazer algum
sentido, mas num seguro de paredes é demasiado ofensivo.
Não sei desde quando é que as seguradoras são obrigadas a
seguir esta prática de gamanço, estilo pagas e não bufas (como sucede com a taxa do audiovisual
na fatura da luz). Como tive o cuidado de reparar nos detalhes, não sei se já vem de longe como o Constantino, ou se é uma
postura recente, mas seja lá o que for é imoral e atentatório da saúde mental
dos cidadãos.
A carga fiscal em Portugal é brutal.
ResponderEliminarVivo em Macau há quase vinte anos e as pessoas aqui até têm dificuldade em acreditar nos impostos que se pagam em Portugal
Pior, sem que se vejam contrapartidas em termos de qualidade dos serviços prestados aos cidadãos
Era isso que sentia quando aí trabalhava e, embora não concordando com o meu patrono de estágio de advocacia ("roubar ao Estado não é roubo"), compreendia perfeitamente o que ele queria dizer.
Obrigado pelo seu comentário. Sou um leitor assíduo do seu Blogue "Devaneios a Oriente" e já tinha concluído que andava por essas bandas. Pois os impostos aqui são aplicados sobre as mais diversas formas e sobre tudo e mais um par de botas, mas o mais grave mesmo é o IRS que de 2012 para 2013 teve escalões com agravamentos de 35%. Boas férias pelo Japão.
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