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quarta-feira, 9 de julho de 2014

... No Entanto elas Movem-se.

 
(Imagem da Internet)

Os países só existem porque neles existem pessoas. Pessoas que partilham um território comum, têm laços comuns, línguas comuns, tradições e crenças comuns, culturas comuns e sobretudo possuem uma firme convicção comum quanto aos objetivos de sociedade.
Os Governos só existem porque existem países de pessoas e para as pessoas, Governos que, tal como os países, deveriam ser das pessoas e para as pessoas. Deveriam, mas, na sua maior parte, não são; São apenas e tão só para algumas minorias que se acham investidas de um poder divino e por isso pairam acima de tudo e de todos.
 
Vem esta arenga a propósito de uma notícia de ontem que, com exceção da TSF, passou ao lado da comunicação social (porque terá sido?), e que nos dava nota de que, o ainda Vice Presidente da Comissão Europeia e Comissário para os assuntos Económicos e monetários Siim Kallas, tinha arrasado por completo as propostas do Ministro Italiano (encomenda do novo PM Matteo Renzi), que visava flexibilizar as regras do Tratado Orçamental. A “cena” passou-se na reunião do ECOFIN na qual a nossa Miss Swaps terá sido uma das mais radicais defensoras da posição do Comissário contra a proposta Italiana. Já não é de estranhar.
 
O que é de estranhar é que alguns países da Europa que apoiam estas posições inflexíveis e radicais, como Portugal fez, não se deem conta que a terem que cumprir à risca com as regras do tal Tratado Orçamental, se colocam na primeira linha para serem pura e simplesmente chacinados económica e socialmente como aconteceu a Portugal, Grécia e Irlanda. Esta Europa não tem emenda e com esta decisão acaba de acrescentar mais um capítulo ao decreto de sentença de morte para os países "resgatados" e que envia a 2ª fila dos mais frágeis para o cadafalso.
 
Estes idiotas que vivem uma dúzia de camadas sociais acima do Povo, comportam-se assim porque simplesmente ignoram que a Europa são as pessoas e não as brigadas de tecnocratas que vivem principescamente noutra dimensão social e temporal imunes às aflições das pessoas que era pressuposto defenderem. No entanto as pessoas existem e, porque existem, acabarão por mover-se.
 
 
 

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