(Subir Lall – Chefe do FMI na Troika)
Subir Lall deu uma entrevista ao Expresso. Estão ambos no
uso dos seus direitos, um de dar entrevistas, o outro de as publicar. O que já entendo
que o Sr. Subir Lall não tem direito é de fazer duas coisas:
- Ofender os portugueses do alto da sua arrogância;
- Dizer o que o Governo de Portugal tem ou não tem de fazer
face às decisões últimas do Tribunal Constitucional. Há um Governo legítimo no
país para decidir isso.
De facto quer o conteúdo, quer a forma das afirmações deste
senhor, deveriam fazer corar de vergonha qualquer elemento de qualquer dos Órgãos
de Soberania, desde a AR até ao PR passando pelo Governo, e sobretudo este. E
sobretudo este porque o Sr. Lall mais não fez, em determinados passos da
entrevista, do que dizer ao Governo o que é que ele deve fazer em função da
decisão do TC. Vejamos o exemplo mais flagrante:
Disse o senhor que o chumbo do corte de 10% nas pensões dos
Pensionistas da CGA só tem uma forma de ser remediado (remediado !!!), é com
uma medida com impacto financeiro semelhante porque não há flexibilidade para
mexer no deficit. Pois bem, não ouvi um único membro de qualquer dos Órgãos de
Soberania refutar esta “decisão da Troika”, e a este propósito vale a pena
recordar que 388 milhões de Euros equivalem a 0,25% do PIB, e que uma
flexibilização de 4% para 4,25% seria a solução para evitar novo massacre num
Povo já massacrado qb. Mas não, insiste-se na austeridade obrigando ou ao
aumento de impostos (não são estruturais) ou ao alargamento dos cortes a todos
os pensionistas. Depois queixam-se que a economia não descola, pudera.
E andam estes patetas de pin na lapela com a bandeira de
Portugal para depois se sujeitarem às ordens de um qualquer funcionário de
terceira ou quarta linha do FMI (onde a confusão também deve ser grande, porque
este senhor em pessoa, na mesma entrevista, desautorizou a Presidente da
Instituição para onde trabalha, quanto à austeridade ter provocado recessão).
Tenham vergonha e respeitem os símbolos da Nação, tirando os pins, e ficarão mais
descaraterizados para executarem as ordens do estrangeiro, ou então
imponham-se.
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